terça-feira, 30 de março de 2010

Escravidão na Grécia antiga

Escravidão na Grécia antiga


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Estela funerária de Mnesarete; um jovem escravo (esquerda) encara sua falecida patroa.[1] Ática, c. 380 a.C.. (Glyptothek, Munique, Alemanha)A escravidão era prática comum e componente integral da vida na Grécia Antiga, ao longo de toda a sua história, da mesma maneira que nas demais sociedades antigas.[2] Estima-se que em Atenas a maioria dos cidadãos tinha pelo menos um escravo. A maior parte dos escritores do período antigo considerava a escravidão não só como algo natural, mas como algo necessário, porém alguns debates isolados ocorreram, especialmente nos diálogos socráticos.



Em conformidade com a prática historiográfica, este artigo pretende discutir apenas a escravidão como bem móvel (propriedade pessoal), ao contrário da prática que envolvia grupos dependentes, como os penestae da Tessália ou os helotas espartanos, que se assemelhavam mais aos servos medievais (pouco mais que um bem imóvel. O escravo é um indivíduo deprivado de sua liberdade, e forçado a submeter-se a um proprietário, que pode comprá-lo, vendê-lo ou emprestá-lo como qualquer outro bem material.



O estudo da escravidão na Grécia Antiga oferece um número de significantes problemas metodológicos. A documentação sobre o assunto é desconexa e muito fragmentada, focalizando-se principalmente na cidade de Atenas. Nenhum tratado foi escrito especialmente dedicado ao assunto. Os casos judiciais do século IV a.C. se interessavam pela escravidão apenas como uma fonte de renda. A comédia e a tragédia exibiam os estereótipos, e a iconografia não fez qualquer diferenciação substantiva entre o escravo e o artesão; até a terminologia é, por vezes, vaga.



Índice [esconder]

1 Terminologia

2 Origens da escravidão

3 Referências

4 Bibliografia



[editar] Terminologia



Um senhor (direita) e seu escravo (esquerda) numa flíax (espécie de drama burlesco), em cratera siciliana, c. 350 – 340 a.C.. Museu do Louvre, Paris, França.Os antigos gregos tinham diversas palavras para descrever os escravos, que precisam ser colocadas no devido contexto para evitar qualquer ambiguidade. Em Homero, Hesíodo e Teógnis de Megara, o escravo era chamado de δμώς (dmôs).[3] O termo tem um significado geral, porém se refere particularmente a prisioneiros de guerra capturados como butim,[4] em outras palavras, propriedade. Durante o período clássico, os gregos freqüentemente se utilizavam do termo ἀνδράποδον (andrápodon),[5] literalmente "aquele com os pés de um homem", em oposição a τετράποδον (tetrápodon), "quadrúpede", ou gado.[6] A palavra mais comum é δοῦλος (doûlos),[7] que aparece numa forma arcaica nas incrições micênicas como do-e-ro,[8] utilizada em oposição ao conceito de "homem livre", ἐλεύθερος (eleútheros). O verbo δουλεὐω, que veio a significar "trabalhar" no grego moderno, pode ser usado metaforicamente para outras formas de dominação, como a de uma cidade sobre a outra, ou dos pais sobre seus filhos.[9] Finalmente, o termo οἰκέτης (oikétês) era utilizado, significando "aquele que vive na casa", referindo-se aos empregados domésticos.[10]



Outros termos eram menos precisos, e precisam de determinados contextos:



θεράπων (therápôn) — na época de Homero a palavra significava "escudeiro" (Pátroclo era descrito como therapôn de Aquiles[11] e Meríones de Idomeneu[12]); durante a era clássica, passou a significar "servo".[13]

ἀκόλουθος (akólouthos) — literalmente "seguidor" ou "aquele que acompanha". Também foi registrado o uso do diminutivo, ἀκολουθίσκος (akolouthískos), usado para pajens[14]

παῖς (pais) — literalmente "criança", utilizado da mesma maneira que o termo inglês houseboy hoje em dia,[15] e também utilizado de maneira derrogatória, para se referir a escravos adultos.[16]

σῶμα (sôma) — literalmente "corpo", utilizado no contexto da emancipação.[17]

[editar] Origens da escravidão



Mulheres como espólio de guerra: Ájax, o Jovem, tomando Cassandra, tondo de uma kylix em cerâmica vermelha do chamado Pintor de Kodros, c. 440-430 BC, LouvreOs escravos já estavam presentes na civilização micênica; nas tabuletas encontras em Pilo, o termo do-e-ro pode ser identificado com certeza. Duas categorias legais podem ser identificadas: escravos "comuns" e "escravos do deus" (te-o-jo do-e-ro / θεοιο), o deus neste caso provavelmente sendo Posídon. Escravos do deus são sempre mencionados pelo nome, e possuem suas próprias terras; seu status legal é próximo ao dos libertos. A natureza e a origem de sua ligação com a divindade não é clara.[18] Os nomes dos escravos comuns mostram que alguns deles vinham de Citera, Quios, Lemnos e Halicarnasso, e provavelmente tinham sido escravizados como resultado da pirataria. As tabuletas indicam que uniões entre escravos e não-escravos não eram incomuns, e que escravos podiam ser artesãos independentes, e possuir lotes de terra. Parece que a principal divisão na sociedade do período dito micênico não era entre escravos e homens livres, mas sim entre aqueles ligados ao palácio real e aqueles que não o eram.[19]



Não há continuidade entre a era micênica e a época de Homero, onde as estruturas sociais passaram a refletir aquelas da Idade das Trevas. A terminologia se torna diferente: o escavo não mais é do-e-ro (doulos), e sim dmôs.[20] Na Ilíada, os escravos quase sempre são mulheres, tomadas como espólio em guerras,[21] enquanto os homens eram libertados mediante o pagamento de resgate[22] ou mortos no campo de batalha. Na Odisséia os escravos também parecem ser, em sua maioria, mulheres.[23] Estes escravos eram servos[24] e, por vezes, concubinas.[25] Escravos do sexo masculino também eram mencionados, especialmente na Odisséia; um exemplo de destaque é Eumeu, o guardador de porcos. O escravo se distinguia por ser um membro da parte central do oikos ("unidade familiar", "domicílio"): Laertes come e bebe com seus servos[26]; no inverno ele dorme em sua companhia.[27] O termo dmôs não é considerado pejorativo, e Eumeu, o porqueiro "divino",[28] se beneficia do mesmo epíteto homérico que os heróis gregos. Apesar disso, a escravidão permanecia uma desgraça; o próprio Eumeu declara que "Zeus, da voz que chega ao longe, leva metade da virtude de um homem, quando o dia da escravidão chega sobre ele."[29]



É difícil determinar quando se iniciou o comércio escravagista no período arcaico. Hesíodo, em Obras e Dias (século VIII a.C.), afirma possuir numerosos dmôes,[30] embora o seu status seja desconhecido. A presença dos douloi é confirmada por poetas líricos como Arquíloco ou Teógnis de Megara.[31] De acordo com os indícios epigráficos, a lei de homicídios de Drácon (c. 620 a.C.) menciona escravos.[32] De acordo com Plutarco,[33] Sólon (c. 594-593 a.C.) proibiu os escravos de praticar ginástica e pederastia. No fim deste período as referências passam a ficar mais comuns; a escravidão se tornou prevalecente a partir do momento em que Sólon estabeleceu a base para a democracia ateniense. O classicista Moses Finley observa que Quios, que de acordo com Teopompo[34] foi a primeira cidade a organizar um comércio escravagista, também gozara de um processo democrático relativamente cedo (no século VI a.C.), e conclui que "um aspecto da história grega, resumindo, é o avanço lado a lado da liberdade e da escravidão."[35]



Referências

1.↑ A pose é tradicional em estelas funerárias - ver Felix M. Wassermann, “Serenity and Repose: Life and Death on Attic Tombstones” The Classical Journal, Vol. 64, No. 5, p.198.

2.↑ J.M.Roberts, The New Penguin History of the World, p.176-177, 223

3.↑ Chantraine, s.v. δμώς.

4.↑ Por exemplo,na Odisséia (1:398), quando Telêmaco menciona que "os escravos que o bom Odisseu conquistou para [si]".

5.↑ Utilizado uma vez por Homero na Ilíada (7:475) para se referir a prisioneiros capturados em guerra; o verso foi marcado como duvidoso por Aristarco da Samotrácia, Zenodoto e Aristófanes de Bizâncio, ver Kirk, p.291.

6.↑ Chantraine, s.v. ἀνερ.

7.↑ Definição do LSJ.

8.↑ A transliteração micênica pode confundir, já que não reflete a pronúncia; para maiores informações, veja Linear B.

9.↑ Chantraine, s.v. δοῦλος. Ver também Mactoux (1981).

10.↑ Chantraine, s.v. οἰκος.

11.↑ Ilíada, 16:244 e 18:152.

12.↑ Iliad, 23:113.

13.↑ Chantraine, s.v. θεράπων.

14.↑ Chantraine, s.v. Predefinição:Polytonic.

15.↑ Chantraine, s.v. παῖς.

16.↑ Cartledge, p.137.

17.↑ Chantraine, s.v. σῶμα.

18.↑ Burkert, p.45.

19.↑ Mele, pp.115–155.

20.↑ Garlan, p.36.

21.↑ Por exemplo, Criseida (1:12–3, 29–30, 111–5), Briseida (2:688–9), Diomedes (6:654–5), Ífis (6:666–8) e Hecamede (11:624–7).

22.↑ Ver Ilíada, os apelos de Adrasto, o troiano (1:46-50), dos filhos de Antímaco (11:131–5) e Licáon (21:74–96), todos implorando por misericórdia em troca de um resgate.

23.↑ Cerca de 50 delas na casa de Ulisses (22:421) e de Alcínoo (7:103).

24.↑ Antes de sua luta com Aquiles, Heitor prevê para sua esposa Andrômaca uma vida de servidão, e menciona que ela terá de costurar e carregar água (6:454–8). Na Odisséia, os servos cuidam do fogo (20:123), preparam o banquete dos pretendentes (1:147), moem o trigo (7:104, 20:108–9), fazem as camas (7:340–2) e cuidam dos hóspedes.

25.↑ Na Ilíada Criseida se deita com Agamenon, Briseida e Diomedes com Aquiles, e Ífis com Pátroclo. Na Odisséia doze escravas se deitam com os pretendentes (20:6–8), contrariando ordens diretas de Euricléia (22:423-425).

26.↑ Odisséia, 16:140–1.

27.↑ Odisséia, 11:188–91.

28.↑ Odisséia, 14:3.

29.↑ Odisséia 17:322–323

30.↑ Por exemplo, Obras e Dias, 405.

31.↑ Garlan, p.43.

32.↑ "κατὰ ταὐτὰ φόνοθ δίκας εἷναι δοῦλον κτείναντι ἢ ἐλεὐτερον." Dareste, Haussoulier e Reinach, 4, 5, 8.

33.↑ Vida de Sólon, 1:6.

34.↑ Apud Ateneu, 6:265bc = FGrH 115, fgt.122.

35.↑ Finley (1997), pp.170–171.

[editar] Bibliografia

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sábado, 27 de março de 2010

Egito Antigo

Conheça abaixo uma relação das principais divindades do Egito Antigo e suas características.



Nome do deus(a) O que representava

Rá Sol (principal deus da religião egípcia)

Toth sabedoria, conhecimento, representante da Lua

Anúbis os mortos e o submundo

Bastet fertilidade, protetora das mulheres grávidas

Hathor amor, alegria, dança, vinho, festas

Hórus céu

Khnum criatividade, controlador das águas do rio Nilo

Maet justiça e equilíbrio

Ptah obras feitas em pedra

Seth tempestade, mal, desordem e violência

Sobek paciência, astúcia

Osíris vida após a morte, vegetação

Ísis amor, magia

Tefnut nuvem e umidade

Chu ar seco, luz do sol

Geb terra

Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP)

O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP) é um dicionário de português europeu (de Portugal) que contém cerca de 96 000 entradas lexicais, incluindo locuções e fraseologias, e que permite a consulta de definições, com sinónimos e antónimos por acepçãoaceção, subentradas e locuções. Em alguns casos é também possível consultar informação sobre a origem da palavra e a sua pronúncia, sobre a conjugação verbal e sobre equivalentes de e para espanhol, francês e inglês.


http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx

Zeitgeist, o Filme

Zeitgeist, o Filme (Zeitgeist, the Movie, no original) é um filme de 2007 produzido por Peter Joseph, aborda temas como Cristianismo, ataques de 11 de setembro e o Banco Central dos Estados Unidos da América (Federal Reserve). Ele foi lançado online livremente via Google Video em Junho de 2007. Uma versão remasterizada foi apresentada como um premiere global em 10 de novembro de 2007 no 4th Annual Artivist Film Festival & Artivist Awards.

http://video.google.com/videoplay?docid=-1437724226641382024#

terça-feira, 23 de março de 2010

REVISÃO

História


A civilização fenícia tinha um plano econômico centralizado no comércio marítimo. Entre os séculos X e I a.C., os fenícios criaram entrepostos comerciais ao longo de todo o Mediterrâneo, chegando às costas atlânticas da península Ibérica e norte da África.

Seus principais adversários comerciais, e consequentemente bélicos, eram os gregos, que são uma de suas primeiras e mais importantes influências (principalmente os micênios) sociais e políticas. Infelizmente, os fenícios não deixaram a literatura ou registros escritos em materiais resistentes ao tempo, e por esse motivo o que se sabe da sua escrita provém apenas de curtas inscrições em pedra.

As suas cidades principais foram Sídon, Tiro, Biblos e Beritus (atual Beirute), na Costa do Levante. Biblos, Sidon e Tiro foram, de forma sucessiva, capitais desse império comercial. No norte da África, existiram Cartago, Útica dentre outras. Na atual Itália, no extremo oeste da ilha da Sicília, havia uma cidadela portuária estratégica, rodeada de muralhas, chamada Motya. Sarepta, no sul da Fenícia, região do atual Oriente Médio, é onde se realizaram as mais profundas escavações arqueológicas. Os Fenícios chegaram à Espanha e a atual Itália, fundando colônias onde hoje repousam cidades como Cádis (Espanha) e Palermo e Cagliari (Itália).

A marinha fenícia era uma das mais poderosas do mundo antigo. Com a frota feita a base de cedro, árvore típica da região, símbolo inclusive registrado na bandeira do Líbano. Suas embarcações, dotadas de aríetes de proa, quilha estreita e vela retangular, eram velozes e mais fáceis de manobrar. Com isso, os fenícios mantiveram sua superioridade naval por séculos. Quando a Pérsia tomou controle da Fenícia, no século VI a.C., os persas passaram a utilizar a engenharia naval fenícia para tentar controlar o Mediterrâneo, o que não era tão mal visto pelos fenícios, já que os persas lhes davam certa autonomia política e religiosa, e os gregos eram seus inimigos há séculos. Na expedição de Xerxes em 480 a.C., havia três dos mais renomados "almirantes" fenícios em sua frota. Em certa feita, durante o reinado do rei persa Cambises II da Pérsia, os persas contavam com o apoio naval dos fenícios para conquistar o norte da África. Mas os navios retrocederam após um ataque ao Egito, pois constava nos planos dos persas um ataque à colônia fenícia de Cartago.

Após o século V a.C., quando a Fenícia foi ocupada pelos macedônios de Alexandre, o Grande, a Fenícia deixou de existir como uma unidade política, e seu território original deixou de ser governada pelos fenícios. Vale lembrar que Alexandre tem fortes raízes na Grécia, inimigos dos fenícios. No entanto, suas colônias ao longo da costa do Mediterrâneo, como Cartago na Tunísia, Gadir na Espanha, Panormo na Sicília e Tingis (atual Tânger, no Marrocos) continuaram a prosperar como importantes portos e entrepostos comerciais, especialmente aquela primeira cidade, que se tornaria centro da civilização fenícia.

A influência fenícia declinou após as derrotas nas Guerras Púnicas contra o Império Romano, no século II a.C..

O nome Fenícia deriva do nome grego da área: Φοινίκη — Phoiníkē. O nome Espanha vem de uma palavra fenícia que significa "costa de coelho". Quanto à religião, os fenícios eram politeístas, e talvez admitissem sacrifícios humanos.

Na Bíblia, o rei Hiram I de Tiro é mencionado como tendo cooperado com o rei Salomão na organização de uma expedição ao Mar Vermelho e na construção do Templo de Salomão. Este templo foi construído de acordo com desenho fenício, e as suas descrições são consideradas como a melhor descrição existente que temos do que terá sido um templo fenício. Os fenícios da Síria também eram chamados siro-fenícios.

Os fenícios foram um povo de comerciantes com descendência de Cam (figura da mitologia judaica de existencia não-comprovada) que saíram do norte da região hoje conhecida como Líbano para o norte da África em busca de novas rotas e que por um grande período de tempo dominaram o comércio no Mediterrâneo. Assim, os fenícios fundaram portos e cidades em lugares tão longínquos quanto a costa norte de África e a Espanha.

Após períodos consecutivos de dominação assíria, persa e macedônica, a região de origem dos fenícios perdeu seu poder, ao passo que uma das colônias fenícias do Mediterrâneo, Cartago, ascendeu como um dos portos mais importantes do Mediterrâneo. Em um intervalo de 120 anos, entre os séculos III e II a.C., os fenícios de Cartago disputaram o controle do mediterrâneo com a República Romana nas Guerras Púnicas. Após sua derrocada em 146 a.C., pouco restou da cultura fenícia no Mar Mediterrâneo.

] Economia

Os primeiros habitantes tentaram desenvolver a agricultura, junto com a pesca e a caça, mas isto não foi possível. Apesar disso, a posição geográfica da Fenícia era estratégica, pois localizava-se nos cruzamentos das principais rotas comerciais entre o Ocidente e o Oriente. Então, os fenícios começaram a desenvolver o comércio, que foi a principal atividade econômica da Fenícia. Os habitantes tornaram-se famosos por serem grandes comerciantes e navegadores.

] Navegação

O domínio do Mar Mediterrâneo favoreceu a fundação de colônias, como a de Cartago, Sicília e Cádiz. Houve o grande domínio de pontos comerciais. Havia também uma certa pirataria e um segredo das rotas. Por serem grandes navegadores, os Fenícios sabiam rotas estratégicas e atalhos marítimos como ninguém.

] Estrutura social

A sociedade, como quase todas as outras sociedades da Antigüidade, era dividida em estratos sociais. O grupo dominante estava entre ricos comerciantes, proprietários de terras, armadores e sacerdotes. O estrato social mais baixo fazia parte da maioria da população: artesãos, camponeses e escravos também habitavam a região.

] Artesanato e comércio

A madeira foi uma das maiores fontes de riqueza dos fenícios. As montanhas da região eram cobertas por florestas de cedro, madeira leve e resistente, apropriada para a construção de embarcações.

Além disso, desenvolveram a metalurgia, a tecelagem, a tinturaria, cerâmica, fabricação de vidros, joias e corante púrpura para tecidos, este último extraido de um líquido do caramujo Murex pecten.

A vida política

A região Fenícia era organizada em cidades-Estados independentes. Existia uma certa rivalidade entre as cidades, mas a comunicação entre elas era dificultada, por conta das cadeias de montanhas que existia ao longo da costa. O tipo de governo existente na época era a Talassocracia, que dominava os comerciantes marítimos na política das cidades-Estado. O poder do chefe político que era o rei, era limitado por um conselho de comerciantes e armadores.[1]

Cultura

A constante presença de potências estrangeiras na vida cultural da Fenícia parece ter sido a causa de sua pouca originalidade: as sepulturas fenícias, por exemplo, eram decoradas com motivos egípcios ou mesopotâmicos.Mesmo assim, os Fenícios deixaram para nós o maior legado cultural da Antigüidade: um alfabeto fenício fonético simplificado, com cerca de 22 letras, que inovava em relação a outros sistemas de escrita da antiguidade por basear-se em sinais representando sons, ao invés de pictogramas. Esse alfabeto é ancestral de grande parte dos alfabetos usados no mundo (como o grego, o latino, o árabe e o hebraico). Vale ressaltar que a invenção da escrita é atribuida aos Sumérios, uma das mais antigas civilizações mesopotâmicas(4000 a.C-1900 a.C),com o objetivo de registrar as transações comerciais. O primeiro alfabeto fenício foi adaptado a partir desse sistema silábico de escrita cuneiforme sumério.

Os principais destaques da cultura Fenícia foram: cristais transparentes, tecidos (principalmente de púrpura), armas, jóias, objetos de bronze, couro curtido e estatuetas de barro esmaltado.

Religião

Os fenícios tinham a mesma religião que os cananeus. Cada cidade possuía seu próprio panteão, dominado por uma divindade ou casal divino. Estes deuses eram mais conhecidos pelos seus títulos: "Senhor'" (Baal; Adôn, em grego, Adônis), "Rei da cidade" (Melcart), "Deusa" (Astartéia ou Istar), "Dama" (Baalat). A divindade era freqüentemente representada por pedras (bétilos), erguidos em altares nas partes mais altas da cidade.

Baal era o deus associado ao sol e às chuvas. Aliyan, seu filho, era a divindade das fontes. Astartéia era uma deusa vinculada à riqueza e à fecundidade.

Os fenícios conservavam ritos bem arcaicos, como a prostituição divina e o sacrifício de crianças (em particular dos primogênitos) e de animais. A maioria dos rituais religiosos eram feitos ao ar livre.





Etimologia

Pelo menos desde 600 a.C., o termo Persis era usado pelos gregos para referirem-se à Pérsia/Irã. Persis provém do persa Pars ou Parsa – o nome do clã principal de Ciro e que também deu o nome da região onde habitavam os persas (correspondente, hoje, à moderna província iraniana de Fars). O latim emprestou o termo do grego, transformando-o em Persia, forma adotada pelas diversas línguas européias.

O povo iraniano, para se referir ao próprio país, usava desde o período Sassânida, o termo "Iran", que significa “terra dos arianos”, derivado de Aryanam, forma encontrada em textos persas antigos. No período aquemênida, os persas usavam o termo Parsa.

Em 1935, o Xá Reza Pahlavi solicitou formalmente que a comunidade internacional passasse a empregar o nome nativo do país, Iran (Irã ou Irão, em português). Em 1959, o Xá Mohammad Reza Pahlavi anunciou que tanto Pérsia como Irã eram formas corretas de referir-se ao seu país.[3]

Economia da Pérsia

O persas praticavam a agricultura, a pecuária, o artesanato, a metalurgia e a mineração de metais e de pedras muito preciosas. Também eram muito bons no comércio, construíam estradas de pedras, para facilitar o transporte, trocas e como correio o cavalo. Eram bons também em economia monetária.

Os persas formaram uma importante civilização na antiguidade oriental, ocupando a região da Pérsia (atualmente Irã, Iraque e Turquia). Este povo dedicou-se às atividades comerciais, fazendo do comércio a principal fonte de desenvolvimento econômico.

O poder no império persa

A política no estado persa era toda dominada e feita pelo imperador (rei), soberano absoluto que mandava e contralova tudo e todos. O rei era considerado uma espécie de deus na Terra, desta forma, o poder era considerado de direito divino.



Ciro, o grande imperador persa

Ciro, o Grande, foi um dos mais importantes imperadores dos medos e persas. Durante seu reinado ( 560 a.C - 529 a.C ), os persas dominaram e conquistaram vários territórios, quase sempre através de guerras. No ano de 539 a.C, conquistou a Babilônia, ampliando o império persa de Helesponto até as fronteiras da atual Índia.

Outros imperadores persas de destaque: Xerxes I e Dario, o Grande



Religião persa

A religião persa era dualista (existência do bem e mal) e tinha o nome de Zoroastrismo ou Masdeísmo. Esta religião foi criada em homenagem a Zoroastro ou Zaratrusta, o grande profeta e líder espiritual que criou a religião.



Origem

Após a saída de Ur, na Mesopotâmia, em direção à Palestina (estreita faixa de terra entre a Fenícia, atual Líbano, e o Egito), os hebreus dividiram-se em tribos, formadas por clãs patriarcais que cultuavam a um único Deus (monoteismo), acreditando ser o povo eleito, onde Deus escolheria determinados membros do grupo para que estes fizessem com que os planos divinos fossem cumpridos. Os clãs eram construídos por um patriarca e pelos filhos e servos; praticavam uma economia baseada no pastoreio, que evoluiu para a agricultura graças à fertilidade das terras do norte e das zonas montanhosas do sul da Palestina.[carece de fontes?] Os hebreus permaneceram por três séculos na Palestina,[carece de fontes?] até a ocorrência de uma violenta seca que abalou a região. Algumas tribos, sob a liderança de Jacó, migraram para o Egito e lá ficaram por quatrocentos anos, período que coincidiu com a dominação dos hicsos, que cooperaram com os hebreus. Quando os hicsos foram expulsos os hebreus passaram a sofrer perseguições e foram condenados a pagar altos impostos e até mesmo foram transformados em escravos. Essa opressão só terminou com o aparecimento de Moisés que liderou o povo hebreu na marcha em direção a Canaã (a chamada "Terra Prometida"). Esse episódio ficou conhecido como Êxodo, e foi retratado no livro bíblico de mesmo nome. Moisés, de acordo com a Bíblia, recebeu de Jeová, no monte Sinai, os Dez Mandamentos, que continham princípios éticos, morais e religiosos que deveriam orientar a conduta do povo hebreu e, principalmente, reforçar a crença em um só Deus. Moisés e o povo hebreu permaneceram por quarenta anos no deserto do Sinai. As dificuldades encontradas na caminhada do retorno a Terra Prometida foram acompanhadas, em vários momentos, do retorno a idolatria e ao politeísmo, obrigando Moisés a reforçar cada vez mais a autoridade. Entretanto, Moisés morreu antes da chegada à Palestina.

O sucessor de Moisés fora Josué, que acabou por concluir a longa jornada a Palestina. Porém a terra já estava ocupada por outros povos como cananeus e filisteus. Seria necessário, então, lutar para conquistar Canaã. Como os patriarcas eram líderes religiosos e não guerreiros, eles deram lugar aos juízes, chefes militares que passariam a comandar os hebreus na luta pela terra. Mais tarde, para unir mais o povo e centralizar os poderes religiosos, políticos e militares, foi fundada a monarquia. Saul, o primeiro rei hebreu, suicidou-se após uma humilhante derrota, sucedeu-lhe então Davi, que havia matado o gigante Golias com uma pedra. Em 966 a.C., Davi morreu e no lugar foi coroado Salomão. Nesse momento os hebreus já possuíam um exercito, uma administração e um governo centralizado. Tudo isso favoreceu Salomão mas o alto custo do padrão de vida da corte real obrigava o povo a pagar altos impostos, isso gerava descontentamento. Com a morte de Salomão ocorreu a divisão da monarquia em dois reinos (Episódio conhecido como Cisma): o de Israel, ao norte formado por dez tribos e cuja capital era Samária e o de Judá, ao sul, constituído por duas tribos e com Jerusalém como capital. Em 721 a.C., o reino de Israel foi conquistado pelos assírios e aproximadamente duzentos anos depois o reino de Judá foi conquistado pelos babilônios, com isso os hebreus viraram escravos – período que ficou conhecido como Cativeiro da Babilônia.

Diáspora

O Cativeiro da Babilônia acabou em 539 a.C., quando Ciro, imperador persa conquistou a Babilônia libertou os judeus, que retornaram a Palestina e reconstruíram o templo de Jerusalém, que havia sido destruído por Nabucodonosor. Em 332 a.C. os persas foram derrotados por Alexandre, o Grande, e os macedônios e gregos passaram a dominar a Palestina, seguido pelo domínio romano, a partir de 63 a.C.. Após a contenção da revolta judaica iniciada em meados da década de 60 d.C., e a destruição de Jerusalém em 70 d.C., os judeus se dispersaram pelo mundo - foi o início da Diáspora Judaica.



A Civilização egípcia é datada do ano de 4.000 a.C., permanecendo estável por 35 séculos, apesar de inúmeras invasões das quais foi vítima.

Em 1822, o francês Jean François Champollion decifrou a antiga escrita egípcia tornando possível o acesso direto às fontes de informação egípcias. Até então, o conhecimento sobre o Egito era obtido através de historiadores da Antigüidade greco-romana.



O MEIO AMBIENTE E SEUS IMPACTOS

Localizado no nordeste africano de clima semi-árido e chuvas escassas ao longo do ano, o vale do rio Nilo é um oásis em meio a uma região desértica. Durante a época das cheias, o rio depositava em suas margens uma lama fértil na qual durante a vazante eram cultivados cereais e hortaliças.

O rio Nilo é essencial para a sobrevivência do Egito. A interação entre a ação humana e o meio ambiente é evidente na história da civilização egípcia, pois graças à abundância de suas águas era possível irrigar as margens durante o período das cheias. A necessidade da construção de canais para irrigação e de barragens para armazenar água próximo às plantações foi responsável pelo aparecimento do Estado centralizado. Nilo > agricultura de regadio > construção de obras de irrigação que exigiam forte centralização do poder > monarquia teocrática

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

A história política do Egito Antigo é tradicionalmente dividida em duas épocas:



Pré-Dinástica (até 3200 a.C.): ausência de centralização política.

População organizada em nomos (comunidades primitivas) independentes da autoridade central que era chefiada pelos nomarcas. A unificação dos nomos se deu em meados do ano 3000 a.C., período em que se consolidaram a economia agrícola, a escrita e a técnica de trabalho com metais como cobre e ouro.

Dois reinos Alto Egito (sul) e Baixo Egito (norte) surgiram por volta de 3500 a.C. em conseqüência da necessidade de se unir esforços para a construção de obras hidráulicas.



Dinástica:



Forte centralização política Menés, rei do Alto Egito, subjugou em 3200 a.C. o Baixo Egito. Promoveu a unificação política das duas terras sob uma monarquia centralizada na imagem do faraó, dando início ao Antigo Império, Menés tornou-se o primeiro faraó. Os nomarcas passaram a ser “governadores” subordinados à autoridade faraônica.

PERIODIZAÇÃO HISTÓRICA

A Época Dinástica é dividida em três períodos:

Antigo Império (3200 a.C. – 2300 a.C.)



Capital: Mênfis foi inventada a escrita hieroglífica.

Construção das grandes pirâmides de Gizé, entre as quais as mais conhecidas são as de Quéops, Quéfrem e Miquerinos. Esses monumentos, feitos com blocos de pedras sólidas, serviam de túmulos para os faraós. Tais construções exigiam avançadas técnicas de engenharia e grande quantidade de mão-de-obra.

Invasão dos povos nômades: fragmentação do poder Médio Império (c. 2040-1580 a.C.)

Durante 200 anos o Antigo Egito foi palco de guerras internas marcadas pelo confronto entre o poder central do faraó e os governantes locais – nomarcas. A partir de 2040 a.C., uma dinastia poderosa (a 12ª) passou a governar o País iniciando o período mais glorioso do Antigo Egito: o Médio Império. Nesse período:

• Capital: Tebas

• Poder político: o faraó dividia o trono com seu filho para garantir a sucessão ainda em vida

• Poder central controlava rigorosamente todo o país

• Estabilidade interna coincidiu com a expansão territorial

• Recenseamento da população, das cabeças de gado e de terras aráveis visando a fixação de impostos

• Dinamismo econômico

Os Hicsos

Rebeliões de camponeses e escravos enfraqueceram a autoridade central no final do Médio Império, permitindo aos hicsos - um povo de origem caucasiana com grande poderio bélico que havia se estabelecido no Delta do Nilo – conquistar todo o Egito (c.1700 a.c.). Os hicsos conquistaram e controlaram o Egito até 1580 a.C. quando o chefe militar de Tebas derrotou-os. Iniciou-se, então, um novo período na história do Egito Antigo, que se tornou conhecido como Novo Império.

As contribuições dos hicsos foram:

• fundição em bronze

• uso de cavalos

• carros de guerra

• tear vertical

Novo Império - (c. 1580- 525 a.C.)

O Egito expulsou os hicsos conquistando, em seguida, a Síria e a Palestina.

Capital: Tebas.

• Dinastia governante descendente de militares.

• Aumento do poder dos sacerdotes e do prestígio social de militares e burocratas.

• Militarismo e expansionismo, especialmente sob o reinado dos faraós Tutmés e Ramsés.

• Conquista da Síria, Fenícia, Palestina, Núbia, Mesopotâmia, Chipre, Creta e ilhas do Mar Egeu.

• Afluxo de riqueza e escravos e aumento da atividade comercial controlada pelo Estado.

• Amenófis IV promoveu uma reforma religiosa para diminuir a autoridade dos sacerdotes e fortalecer seu poder implantando o monoteísmo (acrença numa única divindade) durante seu reino.

• Invasões dos “povos do mar” (ilhas do Mediterrâneo) e tribos nômades da Líbia conseqüente perda dos territórios asiáticos.

• Invasão dos persas liderados por Cambises.

• Fim da independência política.

Com o fim de sua independência política o Egito foi conquistado em 343 a.C. pelos persas. Em 332 a.C. passou a integrar o Império Macedônio e, a partir de 30 a.C., o Império Romano.

ASPECTOS ECONÔMICOS

Base econômica:

• Agricultura de regadio com cultivo de cereais (trigo, cevada, algodão, papiro, linho) favorecida pelas obras de irrigação.

• Agricultura extensiva com um alto nível de organização social e política.

• Outras atividades econômicas: criação de animais (pastoreio), artesanato e comércio.

ASPECTOS POLÍTICOS

Monarquia teocrática:

• O governante (faraó) era soberano hereditário, absoluto e considerado uma encarnação divina. Era auxiliado pela burocracia estatal nos negócios de Estado.

• Havia uma forte centralização do poder com anulação dos poderes locais devido à necessidade de conjugação de esforços para as grandes construções.

• O governo era proprietário das terras e cobrava impostos das comunidades camponesas (servidão coletiva). Os impostos podiam ser pagos via trabalho gratuito nas obras públicas ou com parte da produção.

ASPECTOS SOCIAIS

Predomínio das sociedades estamentais (compostas por categorias sociais, cada uma possuía sua função e seu lugar na sociedade).

• O Egito possuía uma estrutura social estática e hierárquica vinculada às atividades econômicas. A posição do indivíduo na sociedade era determinada pela hereditariedade (o nascimento determina a posição social do indivíduo).

• A estrutura da sociedade egípcia pode ser comparada a uma pirâmide. No vértice o faraó, em seguida a alta burocracia (altos funcionários, sacerdotes e altos militares) e, na base, os trabalhadores em geral .

• A sociedade era dividida nas seguintes categorias sociais:

• O faraó e sua família - O faraó era a autoridade suprema em todas as áreas, sendo responsável por todos os aspectos da vida no Antigo Egito. Controlava as obras de irrigação, a religião, os exércitos, promulgação e cumprimento das leis e o comércio. Na época de carestia era responsabilidade do faraó alimentar a população.

• aristocracia (nobreza e sacerdotes). A nobreza ajudava o faraó a governar.

• grupos intermediários (militares, burocratas, comerciantes e artesãos)

• camponeses

• escravo

Os escribas, que dominavam a arte da escrita (hieróglifos), governantes e sacerdotes formavam um grupo social distinto no Egito.

ASPECTOS CULTURAIS

• A cultura era privilégio das altas camadas.

• Destaque para engenharia e arquitetura (grandes obras de irrigação, templos, palácios).

• Desenvolvimento de técnicas de irrigação e construção de barcos.

• Desenvolvimento da técnica de mumificação de corpos.

• Conhecimento da anatomia humana.

• Avanços na Medicina.

• Escrita pictográfica (hieróglifos).

• Calendário lunar.

• Avanços na Astronomia e na Matemática, tendo como finalidade a previsão de cheias e vazantes.

• Desenvolvimento do sistema decimal. Mesmo sem conhecer o zero, os egípcios criaram os fundamentos da Geometria e do Cálculo.

• Engenharia e Artes.

• Jogavam xadrez.

ASPECTOS RELIGIOSOS

• Politeísmo

• Culto ao deus Sol (Amom – Rá)

• As divindades são representadas com formas humanas (politeísmo antropomórfico), com corpo de animal ou só com a cabeça de um bicho (politeísmo antropozoomórfico)

• Crença na vida após a morte (Tribunal de Osíris), daí a necessidade de preservar o cadáver, desenvolvimento de técnicas de mumificação, aprimoramento de conhecimentos médico-anatômicos.





http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_fara%C3%B3s

quarta-feira, 17 de março de 2010

Código de Hamurabi

Código de Hamurabi


Origem, principais leis do código, objetivo, punições, história, lei de talião, Babilônia, Mesopotâmia





Rocha de diorito com as leis do Código de Hamurabi









Introdução



O Código de Hamurabi é um conjunto de leis criadas na Mesopotâmia, por volta do século XVIII a.C, pelo rei Hamurabi da primeira dinastia babilônica. O código é baseado na lei de talião, “olho por olho, dente por dente”.



Leis e objetivos do código



As 281 leis foram talhadas numa rocha de diorito de cor escura. Escrita em caracteres cuneiformes, as leis dispõem sobre regras e punições para eventos da vida cotidiana. Tinha como objetivo principal unificar o reino através de um código de leis comuns. Para isso, Hamurabi mandou espalhar cópias deste código em várias regiões do reino.



As leis apresentam punições para o não cumprimento das regras estabelecidas em várias áreas como, por exemplo, relações familiares, comércio, construção civil, agricultura, pecuária, etc. As punições ocorriam de acordo com a posição que a pessoa criminosa ocupava na hierarquia social.



O código é baseado na antiga Lei de talião, “olho por olho, dente por dente”. Logo, para cada ato fora da lei haveria uma punição, que acreditavam ser proporcional ao crime cometido. A pena de morte é a punição mais comum nas leis do código. Não havia a possibilidade de desculpas ou de desconhecimento das leis.



Algumas leis do Código de Hamurabi:



- Se alguém enganar a outrem, difamando esta pessoa, e este outrem não puder provar, então aquele que enganou deverá ser condenado à morte.

- Se uma pessoa roubar a propriedade de um templo ou corte, ele será condenado à morte e também aquele que receber o produto do roubo deverá ser igualmente condenado à morte.

- Se uma pessoa roubar o filho menor de outra, o ladrão deverá ser condenado à morte.

- Se uma pessoa arrombar uma casa, deverá ser condenado à morte na parte da frente do local do arrombamento e ser enterrado.

- Se uma pessoa deixar entrar água, e esta alagar as plantações do vizinho, ele deverá pagar 10 gur de cereais por cada 10 gan de terra.

- Se um homem tomar uma mulher como esposa, mas não tiver relações com ela, esta mulher não será considerada esposa deste homem.

- Se um homem adotar uma criança e der seu nome a ela como filho, criando-o, este filho quando crescer não poderá ser reclamado por outra pessoa.





Curiosidade:



- O monólito com o código de Hamurabi foi encontrado no ano de 1901, pela expedição de Jacques de Morgan, na região do atual Irã.

quinta-feira, 11 de março de 2010

O zoroastrismo

O zoroastrismo, também chamado de masdeísmo, matismo ou parsismo, é uma religião monoteísta fundada na antiga Pérsia pelo profeta Zaratustra, a quem os gregos chamavam de Zoroastro. É considerada como a primeira manifestação de um monoteísmo ético. De acordo com os historiadores da religião, algumas das suas concepções religiosas, como a crença no paraíso, na ressurreição, no juízo final e na vinda de um messias, viriam a influenciar o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.




Tem seus fundamentos fixados no Avesta e admite a existência de duas divindades (dualismo), representando o Bem (Aúra-Masda) e o Mal (Arimã), de cuja luta venceria o Bem.



http://pt.wikipedia.org/wiki/Zoroastrismo

O ENTRE-LUGAR: A REPRESENTAÇÃO DO PURGATÓRIO NA BAIXA IDADE MÉDIA

Meu trabalho de conclusão de curso em História, para quem tiver interesse...

O ENTRE-LUGAR: A REPRESENTAÇÃO DO PURGATÓRIO NA BAIXA IDADE MÉDIA




NICOMEDES DA SILVA ROCHA NETO

RESUMO







Este trabalho tem como objetivo compreender o nascimento do Purgatório durante o século XII, buscando relacioná-lo as concepções anteriores elaboradas por Santo Agostinho e ainda entendê-lo a partir de alguns aspectos culturais da Baixa Idade Média. A compreensão do purgatório é fundamental para o entendimento de uma nova concepção espiritual medieval e das influências que ainda hoje sofremos da introdução na geografia do além desse terceiro lugar. Se antes do século XII somente havia Inferno e Paraíso com o surgimento do purgatório, a possibilidade de salvação se alarga e depende cada vez mais da intermediação da Igreja, o que aumentou seu poder na Idade Média.



Palavras – Chave: Morte - Purgatório – Idade Média

http://www.consciencia.org/o-entre-lugar-a-representacao-do-purgatorio-na-baixa-idade-media

EXERCÍCIO:

EXERCÍCIO:


PRIMEIRA PARTE

Responda no caderno com (V) para verdadeiro e (F) para falso, justificando suas respostas para as questões falsas, quando houver.



A originalidade da religião hebraica residia no seu caráter monoteísta.

Apesar da originalidade da sua religião os Hebreus nem sempre foram monoteístas.

O Povo Hebraico era originário da Palestina.

Jeová entregou a Moisés as Tábuas da Lei, no Monte Sinai.

A Bíblia era o livro sagrado dos Hebreus.

A religião hebraica originou o Cristianismo, Judaísmo e Budismo.

Moisés libertou o povo Hebreu do Egito.

O maior legado da civilização cultural hebraica foi o cálculo.

Os Dez Mandamentos foram entregues na Bíblia por Jeová.

Os Egípcios transformaram os Hebreus em escravos.

Depois da morte do Rei Salomão, o reino dividiu-se em dois: Judá e Israel.



SEGUNDA PARTE – nesta justifique sua resposta.



O período do Cativeiro da Babilônia (586 - 539 a. C.) foi importante na evolução da religião hebraica, pois, graças ao contato com os neobabilônios, os judeus:



passaram a conceber Jeová como identificado com seus problemas sociais;

ficaram imbuídos de concepções animistas, adorando as forças da Natureza;

adoraram a idéia do fatalismo e do caráter transcendental de Deus;

abandonaram práticas ligadas à magia, como por exemplo, a necromancia;

conceberam Jeová em termos antropomórficos, inclusive com qualidades próprias dos homens.





Nas questões 04 e 05 utilize o seguinte código:



a) Se I, II e III forem corretas.

b) Se I, II e III forem incorretas.

c) Se apenas I e II forem corretas.

d) Se apenas I e III forem corretas.

e) Se apenas II e III forem corretas.



04.

I. Embora a Palestina tenha sido teoricamente dividida entre as tribos hebraicas, a tribo de Levi, por ser destinada às funções sacerdotais, não possuía um território específico.

II. As lutas ofensivas e defensivas contra os povos que haviam se instalado na Palestina levavam os hebreus à unificação política.

III. A historiografia moderna admite que os poderes dos juízes hebreus restringiam-se a pequena parte da Palestina e não ao país em sua totalidade.





05.

I. Antes dos gregos, os cretenses e os fenícios dominavam o comércio no Egeu e no Mediterrâneo. Os primeiros produziam azeite e vinho, que trocavam por matérias-primas empregadas na fabricação de finos produtos de artesanato.

II. Assim como os cretenses, os fenícios formaram um grande império marítimo (talassocracia), inicialmente sob o controle da cidade de Biblos, englobando as principais rotas marítimas do Mediterrâneo.

III. Os interesses econômicos e o particularismo político impediram que os fenícios formassem um Estado unificado. As cidades fenícias preferiam aliar-se a estados mais fortes.

Blog feito...

Olá...
Pessoa este foi criado para que se possa acessar os conteúdos e demais informações ligadas a disciplina de História, no ano de 2010, no Centro de Ensino Médio de Taguatinga Norte e demais interessados.
Bom dia.